O filme “A Guerra do Fogo” retrata a busca de uma tribo pelo fogo. Os homens da tribo principal, são pouco evoluídos e não possuem o domínio do fogo e por esse motivo, tentavam manter a chama acesa a qualquer custo. Entretanto ao tentarem atravessar um rio, a chama se apaga e um grupo de homens dessa tribo vai atrás do fogo, e é essa busca o tema principal do filme. Durante a caminhada, os homens da tribo principal se deparam com obstáculos e entre eles, outras tribos, algumas mais evoluídas que eles e outra menos. Podemos observar durante o filme, que algumas tribos são relativamente evoluídas e apresentam mais características humanas que animais. Contudo não podemos afirmar qual das tribos já superou a sua natureza e começou a desenvolver sua cultura. Para o antropólogo Claude Lévi-Strauss, a distinção entre ser humano e animais é possível devido a linguagem simbólica. Já Karl Marx acredita que a distinção pode ser feita a partir do trabalho. Olhando por esses dois lados, nenhuma das tribos se tornou humana, já que não apresentam linguagem simbólica nem uma organização de trabalho. Mesmo que a cultura das tribos não tenha se formado, podemos perceber que algumas delas já utilizam o raciocínio para desenvolver ferramentas e conseguirem superar os limites de sua natureza. Isso já é um começo para o desenvolvimento da cultura. É possível então, ver que aquela tribo que tem a maior capacidade física, ou seja, possui maior força, agilidade, etc, possui menor capacidade de raciocinar. Isto significa que aqueles que não possuem capacidade física para sobreviverem, possuem o pensamento para que possam desenvolver maneiras de compensar seus dotes corporais pobres. O contato entre as tribos, inicialmente, provoca um choque, porque a capacidade de socialização e de contato é quase inexistente, uma vez que a linguagem simbólica não havia sido desenvolvida ainda. No entanto, duas tribos se envolvem mais profundamente: uma delas é desenvolvida fisicamente e a