Filme tempos modernos: o sistema capitalista e a marginalização social
O filme Tempos Modernos, uma produção cinematográfica clássica de Charles Chaplin, explicita a maneira como o indivíduo está condicionado ao sistema capitalista. Faz uma crítica à sociedade moderna representada pelo constante processo de industrialização.
Desde o século XVIII, com o aprimoramento das tecnologias e o surgimento da industrialização, a sociedade evoluiu, porém os donos dos meios de produção passaram a exercer um controle em relação ao restante da sociedade. Caminhou-se, então, para o imperialismo e desenvolvimento do capitalismo que se firmou mais ainda com a II Revolução Industrial. A classe dos proletários, como bem exemplifica Carlitos (Charles Chaplin), não tinha muitos direitos, pois trabalhava horas seguidas e era explorada. A concorrência e a produção cada vez maior era a principal preocupação dos empresários.
Percebe-se no filme, que os trabalhadores reivindicavam seus direitos e mais liberdade, visto que realizavam greves. Carlitos, como os outros operários, era submetido ao modelo fordista de produção, ou seja, cada trabalhador tinha apenas uma função, devido à divisão do trabalho, e a realizava repetidamente, pois segundo a concepção da época, quanto mais se realizava uma tarefa, mais se tornava hábil nela. Era uma produção em série com base no sistema de linha de montagem, com a mão de obra especializada e alienação do trabalho, porém Carlitos, a exemplo, desenvolveu um problema psicológico por conta disso.
O desemprego e as desigualdades sociais são perceptíveis no filme. Reflete a célebre frase em que Rosseau afirma que “o homem é bom, mas a sociedade o corrompe”, baseado no mito do bom selvagem. Prova disso é Carlitos que tendo a necessidade de ter uma moradia e alimentação tinha preferência pela prisão que pelas ruas, evidenciando-se a estratificação social que lhe era imposta e a falta de dignidade da pessoa humana. Como também não tinha muitas