filme sociedade dos poetas mortos
O filme “Sociedade dos Poetas Mortos” mostra claramente o papel de aparelho ideológico que a escola assumia antigamente. O que percebemos, no entanto, é que a atualidade educacional ainda partilha do mesmo dogmatismo e a tradicionalismo características das metodologias escolares antigas e da abordagem tradicional de aprendizagem. Na Welton Academy, considerada o “padrão” de escola da época, o lema de tradição, ordem e disciplina era usado no sentido de oprimir a expressão e a valorização do pensamento livre. O diretor do colégio, no início do filme, deixa claro para os novos alunos que eles estão tendo uma oportunidade ímpar, pois estudar naquela instituição era privilégio de poucos. O tipo de escola mostrada no filme é a de uma instituição tradicional, com metodologia tradicional, esfacelada e com professores igualmente tradicionais, desatualizados, incompreensíveis e, acima de tudo, acomodados e resignados ao próprio sistema em que estavam imersos. O ambiente físico da escola é austero para que o aluno não se distraia. Não era permitido ao professor experimentar novas formas de ensino, nem transmitir pareceres que confrontassem a visão explicitada no livro didático e que era seguida pela instituição. Já o estudante, não podia acrescentar opiniões e nem mesmo incorporar ao conteúdo o seu próprio conhecimento de mundo. O aluno era um receptor passivo, ouvinte, a quem era apresentado os resultados do processo de ensino para serem armazenados na inteligência e para que esse conteúdo fosse imitado posteriormente, e o professor, considerando que, na concepção tradicional o homem é acabado e “pronto”, capacitado, deveria transmitir os modelos e as informações que eram pré-estabelecidas para os alunos; a educação era tida como produto do processo de ensino. O tipo de relação social estabelecido nessa concepção de escola é vertical, do professor para o aluno.
De acordo com Mizukami, o diploma pode ser entendido como um