O filme retrata a história de um povoado do Vale de Javé, situado no sertão baiano, que está prestes a ser inundado para a construção de uma enorme usina hidrelétrica. Diante dessa situação terrível, a comunidade se reúne para discutir diversas formas de como resolver o problema. Os moradores acham o ideal seria preparar um documento oficial, contando todos os grandes acontecimentos heroicos de sua história, justificando sua preservação, ou seja, o importante é provar para todos que o local abriga um patrimônio que não pode ser perdido e, por causa disso, decidem escrever os feitos da história de Javé, na esperança de impedir o desastre. Mas na vila só tem analfabetos, a primeira tarefa seria encontrar alguém que consiga retratar os acontecimentos. O principal candidato a realizar essa missão era responsável pela Agência de Correios do povoado, mas não era bem visto no povoado por inventar fofocas, por outro lado era o único do vilarejo que sabe escrever. Porém, foi o escolhido para escrever o tal livro sobre a história de Javé e salvá-la do afogamento é a sua oportunidade de se redimir diante da população. Começa uma trágica história com infinitas reflexões. Surge, desde então, uma problemática disputa entre a história oficial e a história oral, incluindo, desta forma, a presença da oralidade e escrita no filme, assim como as tradições e culturas. Surge então, uma pluralidade de fatos fantásticos e lendários. Por causa disso o escriba se vê entre essa impossibilidade de colocar no papel os relatos grandiosos dos moradores e, futuramente, o progresso destruidor e irremediável estava próximo de se