filme gestalt

1 - O Self é o sistema de contatos presentes e o agente de crescimento do organismo no meio p.178. O contato não acontece nem dentro nem fora das partes envolvidas no campo, para Perls, o conceito de contato envolve sempre uma questão temporal. Relacione esta ideia com o filme: O contato – encontro do atual com o inatual – é ilustrado durante todo o filme, a começar pela frustração do protagonista João (Zero) logo no início, quando tira a revista de sua aluna e vê uma foto de Helena, a mulher que ele perdeu há vinte anos. Fazendo uma ponte com o conceito de figura e fundo, podemos dizer que a figura seria o projeto científico para o qual João estava focado, e o fundo seriam todos os resquícios do ID relacionados ao fatídico acontecimento de 1991. Naquele ano, João foi humilhado pela garota amada (Helena) na frente de uma multidão, a mesma garota seguiu carreira internacional como modelo, tornando-se uma celebridade. Os dois nunca mais se viram desde então. No ano de 2011, João cria uma máquina com o intuito de revolucionar o mundo, a ideia seria uma fonte de energia ilimitada que eliminaria as contas de luz para sempre. Quando João entra na máquina para testar sua segurança e eficácia, abre-se uma espécie de portal interdimensional. É ai que acontece o paradoxo temporal. Numa linguagem gestáltica, o excitamento do ID que emerge no campo direciona João ao ano de 1991, exatamente na noite da festa. Ao viajar no tempo, ele se encontra num campo configurado da mesma forma que há vinte anos. Diante da chance de mudar o futuro – fechar a gestalt em evidência – ele não pensa duas vezes e interfere nos fatos, conversando com sua versão jovem e contando tudo o que acontecerá nas duas próximas décadas. Este encontro entre a versão atual de João com sua versão de 1991 gera um terceiro João, que desperta num futuro alternativo onde ele é um homem muito rico. Porém, logo este futuro se revela um completo desastre. Aos poucos João percebe que mudar o passado