Filme estamira, relacionado com a irracionalidade
O documentário Estamira relata a vida de uma senhora com este nome, que vive uma dualidade entre poder revelar a “sua verdade” e a loucura pela qual é condenada pelos familiares e até por médicos. Ela é uma mulher simples e financeiramente pobre que faz de resíduos de um lixão, no Rio de Janeiro, sua fonte sobrevivência.
Estamira (o documentário) mostra que mesmo com a precária situação de vida de sua protagonista, evidentemente, as pessoas são capazes de refletir e manter sua mente ativa intelectualmente, independente das contrariedades da realidade social à qual estão submetidas. Por consequência das adversidades de seu passado, a protagonista renega à Deus, e buscando assim, justificar os acontecimentos mundanos, sejam os fenômenos naturais, sejam os humanos, de forma lúcida, mas, na maioria das vezes, intuitivo e questionador. Surge assim, a comparação deste documentário com a irracionalidade.
Muitas vezes, a protagonista, revela-se intuitiva, refletindo sobre o mundo de forma incerta, as vezes, filosófica. Então, a irracionalidade filosófica, que despreza o conhecimento advindo da experiência, pode estar relatada em grande parte das falas de Estamira (a protagonista), tendo em vista que a mesma “devaneia” sobre o mundo que a cerca, mas que ao mesmo tempo, é tão vasto e extremamente longe do seu alcance. Em diversas partes do documentário a protagonista põe em questão os valores fundamentais, que na maioria das vezes, devido aos valores reconhecidos pelas pessoas perante coisas não essências da vida, são esquecidos pela sociedade.
Enfim, o documentário apresenta, através de uma perspectiva sazonal, que a mente humana encontra diversos meios na tentativa de superar uma realidade insuportável de ser vivida, uma realidade que na maioria das vezes elimina a perspectiva de futuro das pessoas e as vezes à condena apenas a viver naquele ‘mundinho’, seja o que se considera ‘submundo’, seja o que se considera