Filme Escritores da Liberdade
1146 palavras
5 páginas
O título do filme é deveras interessante. Quantas analogias suscitaria? Conta história verdadeira. Glamorizada, por migrar da realidade à ficção, imanta outras realidades. Até que ponto nos inserimos nela? Eis uma intenção: utilizarmos o filme em prol de alguma melhoria do trabalho educacional. Nesse aspecto podemos trocar figurinhas com ele. As escolas, de modo geral, vivem algumas das dificuldades encenadas na trama: os alunos marginalizados emoldurados pelas mazelas sociais, a falta de diálogo entre o mundo dos jovens e o mundo tradicional da escola, a pouca interação entre docentes e alunos na construção de pontes efetivas e afetivas na aquisição do Conhecimento desejado para prosseguir com êxito nos estudos. Pude vislumbrar, no filme, uma situação que pode acontecer sem alardes em algumas de nossas salas de aula. Algo de encantamento e coragem, vivido por uma professora que transforma o caos do viver e o silêncio das vozes dos seus alunos em palavras vivas e protagonistas. Pelo trabalho por ela conduzido, a escrita dos estudantes ganha cores e atitudes na trajetória de cada um. Mora em papel. No percurso da turma rebelde, o aprimoramento humano e o da escrita ganham o lugar de livro publicado para atingir olhares leitores desconhecidos. Com a redescoberta da palavra, tantas vidas se revestem de esperança para construir histórias possíveis, capazes de mudanças. E então, aprimoradas, como num escrito: no emergir da primeira versão é preciso investir na dinâmica da língua para aprimorar sua última versão. Espera-se, a melhor. Talvez o filme possa ser bem visto por professores e alunos que queiram encontrar algum caminho na busca de sentido para um fazer coletivo. Para fortalecer o diálogo, compreenderem-se e se animarem na realização de um projeto construtivo para ambos. Pode ser incentivo para algum professor incomodado com o status quo e que precisa encontrar saídas produtivas para o inconformismo instalado no cotidiano da instituição. Todo