Filme: Entre os muros da escola
Ao assistirmos, percebemos que mesmo sendo em uma escola da França, existem diversos problemas encontrados que são os mesmos do Brasil, o que nos faz pensar que há certos fatores inseridos nas instituições de educação que se repetem, estejam elas onde estiverem, nos dando uma visão globalizada da educação. Tais como as dificuldades da relação dentre pessoas bem diferentes umas das outras, da sobrecarga de responsabilidades dos professores, da estrutura desorganizada da instituição, e principalmente do comportamento inadequado e da falta de interesse dos alunos.
Um dos principais motivos para isso existir, e não só no filme como na realidade, é o desacordo entre os modelos pedagógicos, conservadores e liberais existentes ao mesmo tempo dentro da escola, o que ocasiona um forte enfraquecimento no sistema. E pode-se dizer que esse é o tema central pelo qual o filme circunda, começando pela instituição, que toma medidas conservadoras, sendo uma delas o sistema de punição por erros, mas ao mesmo tempo, existem professores que defendem um sistema de valorização pelos acertos. Ou pelos instrumentos de dar aula, enquanto uns preferem livros com conteúdos maçantes e objetivos, outros preferem os que façam refletir. Também sobre o método de lecionar, enquanto uns são autoritários e frios ao transmitir o conhecimento, outros são mais abertos e se colocam próximos aos alunos para não só transmitir conhecimento, como também aprender com eles e fazê-los pessoas críticas.
Ainda dentro dessa perspectiva dual, um ponto que ficou bem notável ao assistir o filme, é a relação professor-aluno. Percebe-se desde início que as aulas do professor François são do estilo liberal, pelos seguintes