Filme de Sócrates
“Sócrates” (Socrate) de Roberto Rosselini, 120 min, Itália, 1971.
2. RELATÓRIO: TEXTO / EXPOSIÇÃO ORAL / EXPOSIÇÃO VISUAL
O filme se passa durante a famosa guerra de Peloponeso entre Atenas e Esparta. Sócrates é visto como um corruptor dos jovens da sociedade ateniense, já que dois dos seus ex - seguidores se tornaram tiranos de Atenas. Com isso é acusado perante a sociedade. O filósofo resgata as acusações que pesam sobre ele, desde as mais antigas, que não faziam parte do processo, mas poderiam influenciar a decisão dos juízes, até as mais recentes e oficiais. As denúncias que pesam contra Sócrates são a de não reconhecer os deuses que o Estado reconhece, de introduzir novos cultos e, também, de corromper a juventude, pelo que receberia pena capital, caso fosse julgado culpado. Essa acusação é assinada por Meleto, que representa os poetas, mas não somente ele; também Ânito, representante dos políticos e artífices, e Licon, ligado aos oradores, tendo os três o mesmo direito de palavra no desenvolvimento do processo.Depois de ser julgado, enquanto aguarda a sentença, Sócrates volta à ideia de fazer o que pensa ser justo, mesmo que suas ações o levem à morte. Depois de condenado a tomar cicuta, pronuncia um discurso elogioso sobre a morte, destacando o desconhecimento que o homem tem de sua real natureza, e elencando as duas hipóteses: a da morte ser um sonho eterno e uma ausência de sentidos ou uma simples passagem para um outro mundo, regozijando-se com ambas. E termina, afetando a necessidade de encurtar a sua defesa torpe: "Mas já é hora de nos retirarmos, eu, para morrer, e vocês para viverem. Entre vocês e eu, quem está melhor? Isso é o que ninguém sabe, excepto Zeus"
2. COMENTÁRIO:
O filme trata como Sócrates foi justo a verdade até em seus momentos, mesmo quando seus amigos o ajudariam a fugir, ele não aceitou. Aceitando a morte como um renascimento.