FILANTROPIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Nesta unidade, voltaremos nosso olhar especificamente para as alterações no mundo do trabalho e nas organizações, especialmente, na relação das organizações com a sociedade. Em unidades anteriores, abordamos a sociedade e sua relação com o indivíduo e também a relação entre os indivíduos na sociedade. Agora, iremos privilegiar a relação das organizações com a sociedade e, obviamente, com os indivíduos que vivem nela. De acordo com Carmo (2007, p. 153), “as transformações recentes constituem o conjunto tecnocientífico da sociedade pósindustrial, termo que aponta haver um novo modelo de sociedade”. A Responsabilidade Social Empresarial e o conceito de Sustentabilidade se encontram vinculados a esse novo modelo, em decorrência das exigências e necessidades que os indivíduos passam a demonstrar na sociedade. Nos anos 1970, o modelo fordista entrou em crise e um novo modelo surgiu como forma de adaptação às mudanças que ocorriam no cenário político e econômico naquele momento. Naquela década, a crise do petróleo, a modificação das características de demanda, o aumento do custo da mão de obra levaram as grandes empresas a uma profunda crise. Foi necessário encontrar um modelo que se adaptasse às novas características do mercado, diversificar a produção, elevar a qualidade e garantir os níveis de produção elevados. Nesse contexto, surgiu a reestruturação produtiva que trouxe flexibilidade às estruturas organizacionais e configurou um novo modo de produção baseado na terceirização na constituição de agrupamentos territoriais de pequenas e médias empresas (DIAS, 2008). Essa necessidade de reestruturação também foi consequência do intenso processo de globalização ao qual as organizações estão