Figuras de Som - Língua Portuguesa
Aliteração
Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro significativo. Exemplos:
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
"Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas." Cruz e Souza (Aliteração em "v")
Assonância
Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos. Exemplos:
"Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral."
Onomatopeia
Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da realidade. Exemplos:
Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.
Miau, miau. (Som emitido pelo gato)
Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar.
Cócórócócó, fez o galo às seis da manhã.
A paranomásia é uma figura de linguagem que utiliza palavras parônimas, ou que apresentam sons parecidos. Essa figura estilística é bastante utilizada na formação de trocadilhos.
A semelhança fonética ou sintática dos enunciados cria um efeito inesperado, intencional ou não.
Exemplos de Paranomásia:
“Melancolias, mercadorias espreitam-me”. (Carlos Drummond de Andrade)
“Quem casa, quer casa”.
“Alberto, coração aberto”.
Figuras de Construção
As figuras de construção ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expressividade que se dá ao sentido.
Elipse
Consiste na omissão de um ou mais termos numa oração que podem ser facilmente identificados, tanto por elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto pelo contexto. Exemplos:
1) A cada um o que é seu. (Deve se dar a cada um o que é seu.)
2)Tenho duas filhas, um filho e amo todos da mesma maneira.
Nesse exemplo, as desinências verbais de tenho e amo permitem-nos a identificação do sujeito em elipse "eu".
3)Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho. (Ela,