Figuras de linguagem
Figuras sonoras
Aliteração
Repetição de sons consonantais (consoantes).
Cruz e Souza é o melhor exemplo deste recurso. Uma das características marcantes do Simbolismo, assim como a sinestesia.
Ex: "(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas." (fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza)
Assonância
Repetição dos mesmos sons vocálicos.
Ex: (A, O) - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral." (Caetano Veloso)
(E, O) - "O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)
Paranomásia
É o emprego de palavras parônimas (sons parecidos).
Ex: "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias" (Padre Antonio Vieira)
Onomatopeia
Criação de uma palavra para imitar um som
Ex: A língua do nhem "Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois dava a sua vida / Para falar com alguém. / E estava sempre em casa / A boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem..." (Cecília Meireles)
Figuras de criação ou ( figuras de sintaxe )
A gramática normativa, partindo de aspectos lógicos e gerais observados na língua culta, aponta princípios que presidem às relações de dependência ou interdependência e de ordem das palavras na frase. Ensina-nos, entretanto, que aqueles aspectos lógicos e gerais não são exclusivos; ocasionalmente, outros fatores podem influir e, em função deles, a concordância, a regência ou a colocação (planos em que se faz o estudo da estrutura da frase) apresentam-se, às vezes, alteradas. Tais alterações denominam-se figuras de construção também chamadas de figuras sintáticas
Também é considerada como figura de construção a "Inversão", aonde ocorre a mudança da ordem direta dos termos na frase (sujeito + predicado + complementos).
Exs.:"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante" (Hino Nacional