Figuras de contrução ou sintáticas
As Figuras de construção ou sintáticas integram as chamadas figuras de linguagem, representando um subgrupo destas. São assim chamadas por que apresentam algum tipo de modificação na estrutura da oração, ou seja, caracterizam-se por algum tipo de modificação no período, demarcada pela inversão, repetição ou omissão dos termos que dele fazem parte.
Este trabalho irá definir e exemplificar cada uma delas.
FIGURAS DE CONSTRUÇÃO OU SINTÁTICAS
Elipse
Tal figura se caracteriza pela omissão de um termo na oração não expresso anteriormente, contudo, facilmente identificado pelo contexto. Exemplos: 1) Rondó dos cavalinhos
[...]
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O Brasil politicando,
Nossa! A poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
O sol tão claro, Esmeralda,
E em minhalma — anoitecendo! (Manuel Bandeira) (Notamos que em todos os versos há a omissão do verbo estar, sendo este facilmente identificado pelo contexto). 2) "Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas." (elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias...)). 3) As rosas florescem em maio, as margaridas em agosto. (As margaridas florescem em agosto).
Zeugma
Ao contrário da elipse, na zeugma ocorre a omissão de um termo já expresso no discurso. Exemplos: 1) Maria gosta de Matemática, eu de Português. (Observamos que houve a omissão do verbo gostar.) 2) "Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos Felipes." (Zeugma do verbo: "e foram assassinados...") (Camilo Castelo Branco). 3) No céu há estrelas; na terra, você.
Anáfora
Essa figura de linguagem se caracteriza pela repetição intencional de um termo no início de um período, frase ou verso. Exemplos: 1) A Estrela
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
[...] (Manuel Bandeira)(Notamos