FICIONALIDADE E SIMULAÇÃO

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FICIONALIDADE E SIMULAÇÃO - Introdução

A necessidade de se comunicar e difundir as idéias para um universo cada vez maior de pessoas tornou-se uma constante fixação, descobriu-se que com a ficção conseguia-se, além de distribuir as informações, mantê-las na memória, encontrando assim um lugar comum a todos os receptores, que por sua vez tinham condições de entende-las e decifra-las dentro do universo da sua memória.

A ficcionalidade ultrapassa então os limites dos meios mediáticos, da simples leitura, atuando como válvula de escape da realidade medíocre que se vive. Com o crescente tecnologia e a definição das linguagens inerentes a cada meio o espectador ou leitor transporta-se cada vez mais a um novo universo, o mediático.

“A situação de carência vivida no cotidiano das massas, onde não há nenhuma ocorrência excepcional, onde o indivíduo tem que acordar cedo todas as manhãs, apanhar um ônibus cheio, executar um trabalho maçante, (...) retira do sujeito o verdadeiro prazer de viver.(...) Para este homem, a vida que a televisão mostra é uma verdadeira troca, com vantagens, da sua vida real.(...) O trabalho é um componente decisivo na lógica de ‘submissão’ ao meio de comunicação.”1 Marcondes Filho – Linguagem da Sedução.

Com o advento da rede, o rádio começa a fazer parte do dia a dia de um grupo cada vez maior de residências, começando a universalizar a sociabilidade e os radioatores, locutores e apresentadores transformam-se em ícones e referências da massa. A notícia divulgada pelo rádio era uma realidade inquestionável. Um exemplo crasso da influencia da mídia reside na “Guerra dos Mundos”, onde H.G. Wells apresentara, na noite de 30 de outubro de 1.938, uma ficção, na forma de radio novela, sobre a invasão do mundo por alienígenas, aterrorizando milhares de americanos, fenômeno este estudado por Cantrill e Hertog (1.940).

A cultura massiva é definitivamente instaurada com o surgimento da televisão, tenho o mundo dentro da minha casa para rir,

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