fichemento RS: Imigração e colonização

Denise Schmitt
LANDO. Aldair Marli (org.) RS: Imigração & Colonização. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1992
Capitulo 1: Capitalismo e colonização – os alemães no Rio Grande do Sul
Os autores fazem um resumo da história da colonização no Brasil, diferenciando as colônias do RS e São Paulo, o porquê da imigração para as duas regiões e diferencia colonização e imigração, onde a primeira é oriunda de uma política intencional do governo dirigida a espaços de pouco valor, enquanto que imigração é anterior a política de colonização, sendo raros e vem espontaneamente. Em relação à imigração européia os autores afirmam que esta intimamente ligada ao problema da escravidão. Para o Brasil houve dois tipos de iniciativa imigratória uma oficial, destinada a ocupar e povoar zonas desocupadas e distantes (esta se aplica ao RS) e outra de iniciativa particular, estimulada pelo governo, para substituir os braços escravos (esta se aplica em SP). O caso da imigração alemã foi favorecida pela situação da Alemanha no final do século XIX
Fichamento
“Até o inicio da século XIX a Alemanha manteve-se essencialmente rural. A revolução agrícola e demográfica, que ocorreu neste século, serviu de fator propulsor ao desenvolvimento do processo de industrialização. O fato desta revolução agrícola foi a abolição da estrutura feudal. O camponês, que como servo ocupava uma terra que podia transmitir aos descendentes, torna-se proprietário dela, com a condição de ceder 1/3 ao senhor. Esta reforma tem como efeito a liberação, com efeito da liberação do camponês médio, que tendo cedido 1/3 ou metade de suas terras, poderá garantir a propriedade do que lhe resta, e constituir uma exploração continua suficiente para alimentar a família. O pequeno camponês, pelo contrario, vê-se reduzido a uma exploração, que não representará mais que um recurso econômico; para viver, terá de se empregar como suplementares. Por outro lado, seus filhos, cujas propriedades atingem a condição de minifúndio (pois,