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Fichamento do Livro O Cortiço de AZEVEDO, Aluísio – 1890

Tema: O tema em si é a denúncia social e a influência de pessoas no meio em que vivem.

Capítulo I
João Romão era um português que dos 13 aos 25 anos trabalhou numa venda, até que seu patrão voltou a Portugal e deixou-lhe o estabelecimento. A partir de então entregou-se ainda mais ao trabalho com o objetivo de enriquecer.
Bertoleza era uma escrava que cuidava de uma quitanda, vizinha de João. Era “amigada” com um português que fazia fretes na cidade, até que um dia o português faleceu por carregar muito peso. Com a morte de seu companheiro, Bertoleza abriu-se para João Romão, a quem servia comida todos dias. Com o avanço da intimidade entre os vizinhos, João se tornou responsável pela negra.
João Romão forjou uma falsa carta de alforria que desobrigava o pagamento dos vinte mil-réis mensais ao dono de Bertoleza: mais uma “economia”. O velho que era dono dela logo morreu e o falso documento nunca trouxe problemas para o casal.
Unindo as economias, João começou a comprar os terrenos para alugar, e mais tarde comprou uma pedreira. Seu sucesso material não parava de crescer, assim como sua ambição.
Na mesma época mudou-se para um sobrado vizinho Miranda, um comerciante português que se mudou para lá com a desculpa de que lá seria um lugar melhor para o crescimento de sua filha, Zulmira, mas na realidade procurava afastar sua esposa, Dona Estela, de seus amantes. Miranda queria comprar alguns terrenos adjacentes ao sobrado para fazer de jardim, mas João Romão, dono dos terrenos, por capricho se recusava. Nasceu então uma intriga entre os dois. Com o desenvolvimento da região, os ganhos da pedreira e de seus negócios, João Romão ergueu seu sonho: uma estalagem que ocupava todos seus terrenos, 95 casinhas. O local era privilegiado, com a proximidade da pedreira e água em abundância, o que o fazia o mais disputado do bairro entre trabalhadores e lavadeiras. A construção desse espaço irritou o vizinho Miranda, que