Fichamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

WILLIAM CHAVES DE ALCANTARA

HISTÓRIA SOCIAL DO BRASIL COLÔNIA

FICHAMENTO I
O ÓBVIO E O CONTRADITÓRIO DA RODA (MIRIAM L. MOREIRA LEITE)

VITÓRIA
2013
O ÓBVIO E O CONTRADITÓRIO DA RODA

O texto trata do imaginário acerca da Roda, que na verdade, era um aparelho giratório fixado em um eixo na vertical fixado entre os muros e portões de institutos de caridade e acolhimento de incapazes e abandonados; era divida em quatro compartimentos, onde sempre um estava voltada para o lado externo do local, sempre voltado para a rua. Entretanto, o que mais instiga é o imaginário criado em torno dele.
P. 98 – A pesquisadora fez um levantamento entre as pessoas que eram crianças com idade entre 4 e 6 anos na década de 30 para descobrir como a Roda estimulava a imaginação dessas e das famílias. (…) Era usada como ameaça, fontes de mistérios nunca revelados por inteiro, provocando uma curiosidade temerosa nas crianças que os adultos recusavam, temiam ou não tinham condições de satisfazerem. (…) A Conclusão foi que os pais sempre que questionados desviavam a conversa para evitar as questões sobre a sexualidade e o porquê tantas crianças eram abandonadas. (…) As crianças que moravam perto das Rodas (…) lembram-se de recomendações para que passassem, nem olhassem muito para quem estava nas proximidades.
P. 99 – A Roda dos Expostos foi trazida para o Brasil no século XVII. O objetivo dos governantes que a criaram era de salvar a vida dos recém-nascidos. Porém em todos os locais que a Roda existiu sempre ocorreram muitas discussões. Acreditava-se que a anonimato dos pais do enjeitado propiciava a licenciosidade e a irresponsabilidade pelo fruto de seus prazeres.
No Brasil a situação dos enjeitados era agravada pela escravidão, a exploração sexual das escravas e a exploração da criança escrava. As amas de leite a quem eram entregues os recém-nascidos eram quase