Fichamento

ANDREWS, Christina W. BARIANI, Edison. Administração Pública no Brasil: breve história política. São Paulo: Editora Unifesp, 2010. 296 p.

As Marcas da Nascença: A Administração Pública da Colônia à República Velha
O Brasil Colônia
“ (...) a estrutura da administração pública no período colonial foi herdada dos sistemas existentes em Portugal e Espanha, dois reinos que estiveram unificados por sessenta anos (1540 – 1680).” p. 13
"Embora a aristocracia tivesse um papel destacado nos governos reais, a burocracia abriu espaço para servidores e funcionários de origem plebéia, em especial no sistema judiciário. Esses funcionários eram treinados na tradição do direito romano, ou seja, no respeito à "letra da lei". Aqui portanto, temos a origem de uma das principais características da Administração Pública brasileira: o formalismo”. p.14
“O termo “clientelismo” se refere à relação de troca de favores entre os detentores de poder político e aqueles que desejam ter acesso a uma parte desse poder. Sua origem está no sistema de dominação que Max Weber definiu como “patrimonialista”. O patrimonialismo é uma das formas de dominação tradicional, juntamente com a gerontocracia e o patriarcalismo, e se diferencia das demais por possuir um quadro administrativo e outro militar. Segundo Weber, na dominação patrimonial as “relações do quadro administrativo para com o soberano não se determinam pelo poder objetivo do cargo, mas pela fidelidade pessoal do servidor” (Weber, 1964, p. 180). p. 15
"O Período em que Portugal e Espanha estavam unidos sob o mesmo reino (1580-1640) não implicou em grandes mudanças para o Brasil Colônia, uma vez que Portugal manteve sua autonomia frente à Espanha, inclusive na nomeação de funcionários para as colônias" pág 17
“A centralização terá um reviravolta em 1808, quando dom João VI, ainda príncipe regente, acompanhado da família real e de uma corte com cerca de dez mil pessoas, desembarca no Brasil, trazendo para o Rio de janeiro a sede do