fichamento
“{...} No entanto, a menor descentralização politica e administrativa das monarquias ibéricas relativamente á carolíngia capetíngia, as manifestações crescentes da autonomia concelhia peninsular, o facto de a principal nobreza portuguesa estar sujeita, não a uma cadeia de dependências pessoais, mas a um serviço régio pago mediante contias monetárias- não desmentem este facto essencial: a relação econômico-social dominante era também entre-nos (e não podia deixar de ser) a da renda rural” (p.35).
“Existe, por conseguinte, desde as origens do reino de Portugal, uma navegação costeira e mais ou menos comercial com base em portos, como Lisboa e Porto e pontos fluviais de acesso ao interior como Coimbra e Santarém. Discutem- se muito o grau de importância de uma atividade mercantil, que já nos relacionava com outros países da Europa, e da burguesia comercial correspondente” (p.36).
“Convém distinguir entre clero secular arcebispos, bispos párocos e o clero regular, que vive em regime comunitário e obedece a uma regra especial. É este ultimo que desempenha papel mais activo na história da cultura [...]” (p.36).
“O poder real estava limitado pelos privilégios do clero das casas senhoriais e dos concelhos, que exerciam sobre os seus territórios uma grande parte dos poderes administrativos hoje confiando ao Estado. [...] A casa Real, embora decisivamente superior às outras casas senhoriais, era ainda relativamente pobre e modesta, constituída por reduzido número de pessoas” (p.36).
“Antes da invenção da imprensa, os livros reproduziram-se pelo processo de copia manuscrita em folhas de