Fichamento

MACHADO, Felipe Augusto. Futebol e Nacionalismo no Pós Guerra Fria. Porto Alegre: Editora UFRS, 2009.

FICHAMENTO
“Era 12 de julho de 1998, quase dia 13 pelo horário de Paris. Naquele momento, estima-se que quase um em cada três seres humanos encontrava-se em frente a uma televisão observando a Taça do Mundo ser levantada pelo francês Didier Deschamps. Poucos quilômetros à sudoeste do estádio de Saint-Denis, centenas de milhares de pessoas encaminhavam-se para as proximidades do Arco do Triunfo, símbolo das históricas vitórias militares francesas. Nas paredes do Arco, entretanto, o rosto projetado não era o de Chefes de Estado, mas sim o do novo herói nacional Zinédine Zidane.” (p. 9)
“Enquanto isso, em quarto alugado nos andares mais altos de um prédio na Champs-Elysées, gerentes de uma empresa transnacional de material esportivo também se encontravam extasiados. Afinal, as tradicionais três listras da sua marca - presentes nos uniformes dos vencedores - eram facilmente perceptíveis para cerca de 2 bilhões de indivíduos espalhados por quase 200 países do globo.” (p. 9)
“A globalização teve a capacidade de comprimir o espaço e o tempo ao aumentar as relações socioeconômicas internacionais, permitindo que diversas civilizações pudessem entrar em contato umas com as outras, o que deu início à inúmeras discussões a cerca de uma suposta homogeneização da cultura em nível mundial.” (p. 9)
“Diante dessa conjuntura, o futebol constitui-se em um importante campo de estudo das Relações Internacionais. Esse esporte, devido às suas características e aos significados que carrega, é capaz de revelar diversos elementos a cerca das sociedades e da conjuntura política, econômica e social do planeta.” (p. 10)
“Esse esporte encontra pouca resistência à sua adesão pelas mais diversas culturas, invariavelmente adaptando-se a elas e tornando-se central no imaginário da comunidade” (p. 10)
“De acordo com Hobsbawm (2007), o futebol é a atividade pública que demonstra