Fichamento "o príncipe"
Destaca-se que não haverá rebelião se a linha política for mantida. No primeiro tipo citado, para conquistar o Estado, basta aniquilar o príncipe e sua família, ao passo que no outro não basta apenas estes, mas também os nobres. Diz o autor que ao conquistar um Estado conduzido por leis próprias, há três modos de mantê-lo: arruiná-lo, habitá-lo, ou permitir que continuem vivendo com suas próprias leis, mas pagando tributos e organizando um governo composto por pessoas amigas. No caso de introduzir inovações, porém, é mais seguro e prudente que as faça por meios próprios, pois aqueles que dependem da ajuda de outrem sempre falham, não chegando a lugar algum. Introduzidas as mudanças, as dificuldades residirão, agora, em mantê-las.
Os que se tornam príncipes tão-somente pela sorte têm dificuldade para manter o poder, embora tenham-no conseguido sem grandes dificuldades. A manutenção do poder ficará na dependência da mesma sorte que o levou a ele. Evidentemente que os Estados criados subitamente não têm raízes sólidas, de modo que são facilmente derrubados, a menos que o príncipe tenha virtudes. A solução é preparar os alicerces do poder antes de alcançá-lo, pois depois representará grande esforço e perigo. Pode-se chegar ao poder a partir ou a favor de atos criminosos. No entanto, deve-se tomar cuidado, pois atos criminosos podem conduzir ao poder e não à glória.
Governo civil vem a ser aquele em que o cidadão se torna soberano por favor de seus concidadãos; neste caso não