Fichamento O Pr Ncipe
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
TEORIA POLÍTICA MODERNA
MAQUIAVEL, Nicolau. Cap. I a XIV. In: O Príncipe. São Paulo: Martin Claret, 2003.
Em seu célebre livro, O Príncipe, Maquiavel faz a junção do que seria a experiência concreta de como lidar com a coisa pública, com a observação crítica do processo político. Assim, exemplifica como ganhar o poder, e o que seria necessário para mantê-lo, e o motivo pelo qual se o perde. Em sua visão o bem e o mal não são distintos, pois nenhum dos dois existe de forma absoluta na vida política. Diz também que um governante é tão bom quanto os homens que o cercam; e para manter a paz, não condena o uso da força, se as leis não forem obedecidas. Além disso, mostra que o líder, para obter sucesso, precisa do apoio popular, e que não se pode perder as esperanças nos momentos de crise, deve-se tomar ação para solucionar o problema.
Um governante, no exemplo do livro, um príncipe, deve ter a habilidade de adaptar-se as circunstâncias, para conseguir permanecer no poder. Nas conquistas de novos territórios, é comum se deparar com certas situações: a população não é a favor do novo governo ou o exército não é forte o suficiente ou a nobreza local é muito poderosa.
No primeiro fator, que são os habitantes, deve-se procurar dispersá-los, para que dessa forma se esquecem de hábitos e de seus antigos líderes. No momento em que se toma um Estado, todos os atos de crueldade devem ser feitos imediatamente, pois assim, é mais fácil fazer com que as atrocidades sejam esquecidas. “Por isso, o príncipe prudente procurará meios pelos quais seus súditos necessitem sempre do seu governo, em todas as circunstâncias possíveis – e fará, assim, com que lhe sejam sempre fiéis.” (MAQUIAVEL, p. 72) Ou seja, depois das crueldades, o povo deve ser tranquilizado, para que não se rebele no futuro.
Para manter um território, assim como para conquistá-lo, é preciso ter um forte