Fichamento O Pr Ncipe Parte I E II
O Príncipe
Autor: Niccoló Machiavelli, 1469 - 1527
Título original: Il príncipe.
Editora: Clio Editora, São Paulo Edição/ano: 4 ° edição, 2009
Maquiavel não faz parte da corrente principal da filosofia política, no sentido de ele não abordar nenhuma das questões sobre a natureza e a origem da autoridade ou das finalidades do governo que preocupam quase todos os seus antecessores e sucessores. Em vez disso, ele se interessava pela força, pela estabilidade e pela segurança.
Os Discursos sobre Tito Lívio e O Príncipe são as duas obras eternas de Maquiavel; a primeira, uma longa e ponderada tentativa de traduzir o sucesso e mitigar as falhas da República romana na era contemporânea; a segunda, uma breve e inescrupulosa consideração sobre como exercer e manter o poder de maneira bem sucedida. Pelo secularismo e pelo republicanismo, são obras fundadoras da filosofia política moderna. Ainda hoje o impacto do cinismo de Maquiavel pode chocar: “Os homens são tão simples e estão dispostos a obedecer às necessidades presentes, que a pessoa que engana sempre vai encontrar outras pessoas que se permitem ser enganadas”.
Em O Príncipe, Maquiavel não busca as regras de uma utopia moral, mas a resposta prática para problemas que percebia ao seu redor: um mundo violento e inseguro, capaz de ser dominado somente por um governante forte, cujo sucesso repousava sobre a glória na batalha. A virtude em um príncipe não é a benevolência (embora possa ser apresentada como tal), mas a eficácia, indiferente às consequências morais. Assim, “ninguém pode chamar de virtude matar seus cidadãos, trair seus amigos, não ter fé, não ter piedade, não ter religião” – a menos que as circunstâncias exijam. Para ser notável, o príncipe precisa conquistar vitórias não somente contra os rivais, mas, por meio do valor e da audácia, contra a própria sorte.
Capítulo I ao XV: diferencia as formas de poder, bem como os dois principais tipos de governo: as monarquias e as