Fichamento - O Paciente Psiquiátrico
J. H. Van den Berg de forma detalhada delineia a condição mórbida de um simples paciente. A intenção do autor foi mostrar um simples paciente, para ele seja qual for o grupo a que pertença o seu distúrbio, engloba toda a Psicopatologia. Porém, o paciente estudado nesta obra pertence, sem dúvida alguma, ao grupo dos neuróticos seriamente perturbados. O autor inicia sua obra, para uma melhor compreensão, ressaltando que uma das principais características da fenomenologia é que não visa à procura de uma teoria sutil, mas apenas a um plausível conhecimento intimo. Visto que, as pessoas têm o direito de usar a sua própria mente, ao acompanhar a discussão, mesmo se o assunto está um pouco fora das suas capacidades.
Em seu 1º capítulo, denominado “Quais os problemas sugeridos pelas queixas da maioria dos pacientes?”, o autor relata, detalhadamente, a história, a primeira entrevista de um paciente que sofre de distúrbio e também descreve sua primeira impressão sobre o caso.
O paciente, personagem deste livro, conta como as coisas se passam com ele. Sua existência está prestes a desintegrar-se; tudo em volta dele, tudo acerca dele está velho e estragado. Está vivendo com as relíquias de um tempo passado e ele mesmo é um anacronismo vivo.
Com isso, o autor dizer que não se pode argumentar com o paciente o seu ponto de vista, pois poderia até resultar em desastre. Não adianta procurar convencer o paciente, ele nunca será convencido. Isso também serve para todos os outros casos de distúrbios.
Antes de continuar a história, o autor pausa para salientar que é a conclusão de que o paciente, no que se refere à sua memória do passado, diverge da opinião dos outros, tomando sua opinião divergente pela realidade, pela realidade da sua infância.
Deve, de cada vez, estabelecer contradição entre a opinião do paciente e os fatos da realidade. Isto, pois, de nada adianta colocar o paciente em confronto com essas contradições.
Através de tais