Fichamento: O Leviatã - Thomas Hobbes
Juliana Geizy Marques de Souza
REFERÊNCIA COMPLETA DO TEXTO
Hobbes: o medo e a esperança. In WEFFORT, Francisco C. Os clássicos da Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau, “O Federalista”. 13 ed. São Pau 2002.p51-77 PALAVRAS-CHAVE: estado de natureza- liberdade- guerra- Estado
IDEIAS CENTRAIS DO TEXTO:
O mais difícil e simultaneamente o essencial para se entender a linha de raciocínio de Thomas Hobbes é sua afirmação sobre o estado de natureza. Sabe-se que ele era contratualista e afirmava que os homens viviam sem poder e sem organização, mas após firmarem um pacto, surgiria o Estado e a sociedade da forma politizada como conhecemos.
Para Hobbes o homem possui uma essência, um estado natural, que é imutável pela história. Cabe ainda afirmar que o estado de natureza do homem, ainda para Hobbes, não é selvagem. Além disso, notou que os homens não possuem uma diferença marcante o suficiente entre si para que se afirme que existem seres humanos extremamente distintos. Ele alega que um homem pode ser mais forte que outro, mas o mais fraco ainda o pode matar se estiver correndo perigo. E sobre as “faculdades de espírito”, diz que todos têm a capacidade de se desenvolver intelectualmente, mesmo que alguns sejam mais e outros menos desenvolvidos.
Afirma ainda que todo ser humano é uma incógnita em relação ao outro. Não se sabe qual será o pensamento do outro, dessa forma, devo inferir que fará a atitude mais razoável. Para Hobbes, a atitude mais razoável seria atacar o outro, ou seja, a guerra. Dessa maneira, o Estado nasce para mediar as relações humanas e, por vezes, reprimi-las.
Por causa das visões aristotélicas, pensa-se que o homem é um ser político e já nasce com a disposição de viver em harmonia na sociedade, mas Hobbes desconstrói isto reafirmando qual seria o estado de natureza do homem: a guerra. Afinal, o direito de natureza dos homens é a sua liberdade, inclusive, podendo tirar a liberdade do outro