Fichamento: O legado da guerra (JUDT, Tony)

Universidade Estadual de Santa Cruz
Departamento de Filosofia e Ciências Humanas – DFCH
Curso de Ciências Sociais
Ilhéus, 21 de outubro de 2014.
Disciplina: História Contemporânea JUDT, Tony. O legado da guerra. In: Pós-guerra: uma história da Europa de 1945. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.

Na sequência da Segunda Guerra Mundial, a perspectiva da Europa era de miséria e desolação total. A imagem expressa uma verdade essencial sobre a condição da Europa após a derrota da Alemanha. Os europeus sentiam-se de fato, desesperançados, e estavam exaustos, já que civis e militares participaram do confronto (p. 27).
Nos países ocupados pela Alemanha nazista, a Segunda Guerra Mundial constituiu uma experiência primordialmente civil. O combate militar formal ficou restrito ao início e ao final do conflito. Entre esses dois momentos, a guerra foi caracterizada pela ocupação, repressão, exploração e pelo extermínio da população (p. 27).
À diferença da Primeira Guerra Mundial, então, a Segunda foi uma experiência quase universal. E durou muito tempo. Caracterizou-se por uma intensidade própria. Em parte isso ocorreu devido à peculiar atitude nazista diante das populações dominadas. Anteriormente, exércitos de ocupação viviam da terra e atacavam e matavam civis ocasional e aleatoriamente. Mas os povos submetidos ao comando germânico ou foram obrigados a servir ao Reich ou marcados para o extermínio (p.28).
Na Segunda Guerra Mundial foi mobilizado todo poderio do Estado europeu moderno, e com objetivo principal de conquistar e explorar outros europeus. A Alemanha nazista guerreou com o auxilio decisivo das economias saqueadas as vítimas (p. 28).
Sob o ponto de vista dos contemporâneos, o impacto da guerra não foi aferido em termos de lucros e perdas da indústria ou valor liquido do patrimônio nacional em 1945 em comparação com o de 1938, mas em termos de prejuízos visíveis ao meio ambiente e às comunidades (p. 30).
Quando a guerra na Europa acabou, grande