Fichamento - O Homem e o Mundo Natural, de Keith Thomas
“O HOMEM E O MUNDO NATURAL”, DE KEITH THOMAS
São Paulo 2014
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O predomínio humano (pp. 21- 69). Primeiro capítulo.
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THOMAS, Keith. O Homem e o Mundo Natural: Mudanças de Atitude em Relação às Plantas e aos Animais (1500-1800). São Paulo: companhia das letras, 1988.
“Pergunte a qualquer um na massa de gente obscura: qual o propósito da existência das coisas? [...] todo o cenário magnífico das coisas é diária e confiantemente visto como destinado, em última instância, à conveniência peculiar do gênero humano.” (p. 21)
“Na Inglaterra dos períodos Tudor e Stuart, a visão tradicional era que o mundo fora criado para o bem do homem e as outras espécies deviam se subordinar a seus desejos e necessidades. [...] os teólogos e intelectuais que sentissem a necessidade de justificá-lo podiam apelar prontamente para os filósofos clássicos e a Bíblia.” (p. 21)
“Foi no final do século XVII e início do XVIII que tais debates sobre a perfeição dos desígnios do Criador atingiram sua forma mais engenhosa e extravagante. No século que se seguiu à Reforma, em contraste, a tendência dos teólogos foi colocar grande ênfase no pecado original. [...] Entretanto, a partir de meados do século XVII, houve uma crescente disposição a colocar em segundo plano o pecado original para destacar não a decadência da natureza, mas seu desígnio benévolo.” (p. 26)
“Desse modo, quando viajantes começaram a trazer relatos de como as religiões orientais mantinham uma visão totalmente diferente, e como os jainas, os budistas e os hindus respeitavam a vida dos animais, até mesmo dos insetos, a reação geral foi de desconcertado desdém.” (p. 27)
“A teologia da época assim fornecia os alicerces morais para esse predomínio do homem sobre a natureza, que tinha se tornado, em