fichamento e resumo

Manual de sobrevivência universitária
Fichamento

O que é ser universitário

[...] Na verdade, ser universitário sempre envolve questões ideológicas, mas com tipos diferentes de energia e de envolvimento emocional em cada época histórica. Isso é natural, porque os valores mudam, as bandeiras se modificam, as formas de dominação ficam mais sofisticadas, sutis e silenciosas.
Ser universitário também é usar a universidade como fórum de discussões acerca da sociedade em que estamos inseridos. [...]
[...] Isso eu aprendi rapidamente quando estava na faculdade: ou você trabalha ativamente, no sentido de construir seus conhecimentos, ou senta e espera um milagre acontecer. [...], não deve depender do professor se quiser sobreviver no ambiente acadêmico. E, que fique claro, “não depender do professor” significa não aceitar tranquilamente a falácia de que o professor transfere conhecimentos para o estudante. [...]
[...] que se comportam de acordo com a concepção “bancaria” da educação. Se há professores que conhecem a educação de maneira “bancaria”, a explicação pode ser encontrada na sua má-formação pedagógica ou em um complexo de inferioridade sublimado pelo prazer sádico subjacente ao uso abusivo e autoritário da hierarquia pelo prazer sádico subjacente ao uso abusivo e autoritário da hierarquia e do poder. [...]
O universo autônomo não se insere na concepção “bancaria” da educação e, consequências, não adota o discurso vitimista que se ouve de alguns estudantes passivos: ”Não aprendi nada porque aquele professor não ensinou nada. [...]Ao jogar a culpa no professor, o estudante acredita que se exime de suas responsabilidades. É realmente uma postura bastante cômoda, mas também passiva e inútil. Aliás, os estudantes que culpam o professor pelo seu não-aprendizado deveriam dizer também que os méritos de seu aprendizado são do professor e não deles.
[...] é necessário que se tenha clareza a respeito do que “ensinar” significa. “Ensinar” não significa transmitir