Fichamento - a voz e a palavra
Walter Benjamin – descreve em 1936 as transformações sofridas na produção artística com o advento das técnicas de reprodução (técnicas essas que mudam a forma de percepção da arte tradicional e fazem nascer uma nova poética – como no caso da fotografia e do cinema)
Nosso objeto de estudo: técnicas de produção da linguagem oral, a materialidade envolvida na fala e no canto.
Limites da oralidade na criação de efeitos de significação – informados por seus aspectos técnicos.
Esse tipo de estudo não se encaixa em um domínio claramente delineado. Apresenta características de teoria do texto, aspectos de fisiologia da voz e da organologia, além de linguística articulatória.
Questão central da melodia – identificação.
A palavra sempre se liga a um conceito, ainda que abstrato. A melodia não.
Música – sozinha, não é direta na transmissão de sentimentos quanto as palavras, e é menos direta do que um gesto.
(Há um pedaço do texto que eu absolutamente não entendi aqui, os parágrafos 2 e 3 da página 217, por isso eu as pulo em meu fichamento)
Linguística: preocupa-se muito com a palavra falada e se esquece da palavra cantada.
Voz: dois fazeres – lógos – conhecimento – é o dizer, forma fonemas, palavras, etc. – mélos – canta notas, melodias, etc. É o cantar.
Manifestações diferentes de oralidade, distinguíveis para a análise, mas que são indissolúveis porque se complementam.
Canção – combinação entre verbo e música.
Da geração da fala participam dois processos: – a produção da sonoridade propriamente dita, criada pelas pregas vocais; – processo de modulação desse som, do qual participam a laringe e a cavidade nasal/oral.
Cordas vocais geram epifonemas. O resto do aparelho fonador modifica esse som através de oclusões, constrições e etc., formando sons articulados ou fonemas.
Epifonema – sincretismo de todos os fonemas sonoros.
A mobilidade do conjunto ressoador introduz os traços distintivos dos