Fichamento: A rede associativa negra em Pelotas e Rio Grande

1361 palavras 6 páginas
FACULDADE PORTO-ALEGRENSE – FAPA
HISTÓRIA
Patrícia Andrade

SILVA, Gilberto Ferreira da; SANTOS, José Antônio dos; CARNEIRO, Luiz Carlos da Cunha. RS negro: cartografias sobre a produção do conhecimento. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. Cap. I. P.246 – 258.

A rede associativa negra em Pelotas e Rio Grande
Beatriz Ana Loner

Em Pelotas e Rio Grande, ao mesmo tempo em que a região estava sendo povoada se deu a introdução do negro, intensificando-se a partir do final do século XVIII, com o crescente desenvolvimento das charqueadas (LONER, 2008). Nas portas da abolição, em 1887, Pelotas teria aproximadamente 338 escravos, e isso no cômputo geral, equivale a dizer que a cidade, sozinha, era responsável por aproximadamente 10 % do total de escravos do estado (LONER, 2008). O negro escravo era a principal força de trabalho nas charqueadas, muito embora sua força também fosse empregada em qualquer tipo de trabalho braçal, entre eles, serviços domésticos e atividades no meio urbano, tais como, artistas, estivadores, pintos, carregadores, entre muitos outros (LONER, 2008). Ao final do Império, na cidade de Rio Grande, em 1888, foram contabilizados aproximadamente 5.573 negros ou pardos, o que correspondia a 27,48% da população total da região. Retornando as estatísticas de Pelotas, no inicio da República a mesma possuía aproximadamente 7.035 negros e mestiços, o que correspondia a 30,7% do total de moradores do meio urbano da cidade. Este representativo percentual reduziu-se significativamente ao longo da República Velha, já em 1940, do total de habitantes da cidade, apenas 15.911 eram negros ou pardos, contabilizando apenas 15,6% da população (LONER, 2008). A partir da década de quarenta, os negros e pardos eram o principal elemento operário do município de Pelotas, facilmente encontrados em trabalhos manuais. Em Rio Grande o cenário é semelhante, foram eles trabalhadores fundamentais para a construção do Novo Porto, atuando também, na construção da

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