Fichamento a mercadoria (o capital / karl marx)
Capítulo I – A Mercadoria * Os dois fatores da mercadoria: valor de uso e valor
Para Marx, a riqueza na sociedade capitalista apresenta-se como uma “imensa coleção de mercadorias”, a mercadoria é, portanto, forma elementar da sociedade burguesa moderna. Por isso a investigação de Marx, em O’ Capital começa pela mercadoria.
Marx nos explica no primeiro capítulo d’ O Capital, que a mercadoria possui duplo fator, a saber: Valor de uso e Valor (ou substância do valor, grandeza do valor). E, antes de tudo, ela é um objeto externo, uma coisa. Ademais, pelas suas propriedades satisfaz necessidades humanas de qualquer espécie, seja do estômago ou da fantasia, são valores de uso, possuem utilidade, compreender isto é fundamental.
Importante compreender que o valor de uso é o conteúdo material da riqueza, qualquer que seja a formação social em que se viva. A peculiaridade da sociedade burguesa é que ao mesmo tempo, o conteúdo material da riqueza social é portador de valor de troca (onde valores de uso de uma espécie se trocam contra valores de uso de outra espécie, numa relação que muda constantemente no tempo e no espaço). Ademais, Marx adverte que como valores de uso as mercadorias são, antes de qualquer coisa, de diferente qualidade, como valores de troca só podem ser de quantidade diferente. * Duplo caráter do trabalho representado nas mercadorias O trabalho de produzir valores de uso é considerado por Marx, trabalho útil, criador dos valores de uso, condição de existência do homem, independente de todas as formas de sociedade. Os valores de uso são qualitativamente diferentes, se ao contrário, não poderiam confrontar-se como mercadorias. Portanto, somente valores de uso distintos troca-se com valores de uso distintos. Visto que valores de uso não podem defrontar-se como mercadorias, caso eles não contenham trabalhos úteis qualitativamente diferentes.
Uma questão importante é que o trabalho não é a única fonte dos valores de