FICHAMENTO A ESCRITA DA HISTORIA CAP 3

Universidade de Pernambuco – UPE
Licenciatura em História
Introdução aos Estudos Históricos
Prof. Giovane Albino Silva

Por Alyne Nathálier da Silva Palmeira

Wesseling, Henk. História de além-mar. In: Burke, Peter (org.). A Escrita da História: novas perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1992.
Neste ensaio, Henk Wesseling, historiador pela Universidade de Leiden (Holanda), aborda de forma clara o que chamamos de História de além-mar, visando ampliar os estudos das colônias (novos povos) sob os mais variados aspectos, se relacionando com outras civilizações e criando uma visão mais global sobre este estudo.
O termo “colonial” caiu em desuso e junto com ele o interesse por esse limitado campo de pesquisa. Foi aí que se desenvolveu a chamada história de além- mar, que não mais restringia sua abordagem histórica, pelo contrário, ampliou seu espaço e seus objetos de estudo. Não se tratava mais só do encontro entre os europeus e não-europeus, incluía-se também a história social, política e cultural dos povos não europeus. Em primeiro plano a história de além-mar trabalha com dois tipos de fontes: as européias, em maior parte arquivista, e as não-européias, escritas ou não escritas. Porém, devido à escassez de fontes se faz necessária a interdisciplinaridade dessa história com as outras ciências como a arqueologia e a antropologia. Além disso, um historiador de além-mar deve se familiarizar com outras culturas e civilizações, além de sua própria, para melhor compreendê-las. Após a Segunda Guerra Mundial ouve uma crescente na história de além-mar devido a sua oposição à antiga história colonial. A partir de então tem-se uma idéia de “inclusão”, ou seja, as novas nações, ou os “povos sem história”, puderam reivindicar a história do seu passado nacional e encontrar sua identidade. “A história de além-mar tornou-se tão vasta e tão variada, que não pode mais ser considerada como um campo específico da história. Para sobreviver, a história de além-mar vai necessitar de