fichamento a"CULTURA É DINÂMICA"
Neste capitulo o autor (Laraia, 2009) fala sobre o dinamismo cultural, ou seja, a cultura não é estática, ele tende a se modificar com o tempo, algumas mais rápido devido a fatores mais instantâneos e outras mais lentamente. Ele justifica este pensamento traçando um paralelo entre os hábitos das formigas saúva e os costumes dos índios, onde se alguém tivesse registrado os hábitos das formigas e dos índios há quatro séculos, e verificassem as possíveis mudanças hoje, pereceria que os hábitos das formigas continuam os mesmos, mas que nos costumes dos índios, com ou sem isolamento, houve mudanças. Laraia explica: “O espaço de quatro séculos do ponto de vista antropológico seria suficiente para demonstrar que a referida sociedade indígena mudou, por que os homens, ao contrário das formigas, têm a capacidade de questionar seus próprios hábitos e modificá-los”. O autor completa dizendo que, o que mudaria do ponto de vista de um antropólogo, seria o ritmo da mudança, que no caso de uma sociedade isolada seria mais lento. Desta forma, percebe-se que a mudança nos hábitos humanos, ou seja, o dinamismo da cultura é inevitável, o que é discutível é o ritmo em que ela ocorre e os fatores influenciam para tal mudança. Laraia cita um seminário que ocorreu um grande manifesto sobre aculturação realizada na Universidade de Stanford, 1953 os autores desse seminário afirmaram que “qualquer sistema cultural está num contínuo processo de modificação. Assim sendo, a mudança que é inculcada pelo contato não representa um salto de um estado estático para o dinâmico, mas, antes, a passagem de uma espécie de mudança para outra. O contato muitas vezes, estimula a mudança mais brusca, geral e rápida do que as forças internas”. Para o autor existem dois tipos de mudança cultural: uma que é interna,