fichamento a cidade antiga livro I
Referência Bibliográfica: COULANGES, Fustel de. A cidade antiga. São Paulo (SP): Editora Revista dos Tribunais, 2003.
Texto da Ficha:
Capítulo I
Raças indo-europeias acreditavam que a morte não era o fim do ser, e sim, uma simples mudança de vida. Para romanos e gregos, após a morte, o ser entrava em uma segunda existência, na qual a alma não se separava do corpo. Assim, os mortos continuavam a viver em seus túmulos, sob a terra.
Para esses povos, a segunda existência do morto podia ser boa ou sofrida, caso o falecido sofresse de alguma inquietação, poderia se tornar maldoso e causar desgraças aos vivos. Por esse motivo, muitos ritos fúnebres eram feitos, como colocar, no túmulo junto ao corpo, objetos e serviçais que poderiam ser necessários na outra vida.
Também se fazia necessário o sepultamento, pois havia crenças de que o morto, caso não sepultado, tornava-se um errante e não conseguiria repousar nunca, nem receber as oferendas de que precisava.
Havia outro ritual feito por esses antigos, que era a cerimônia dos mortos, na qual as família levavam oferendas, comidas, leite e vinho unicamente para saciar o morto, ninguém tocava na oferendas, uma vez que eram unicamente dedicadas às necessidades do morto: “derramava-se vinho no túmulo para mitigar-lhe a sede. Deixavam-se alimentos para matar-lhe a fome.” (p.20).
Capítulo II
Além da crença na vida após morte, existia a crença na obrigatoriedade dos rituais descritos no capítulo anterior, já que os mortos eram considerados como seres sagrados, e até mesmo deuses enterrados: ““Tu, que és um deus sob a terra, sê propícia a mim”.” (p.26).
Os gregos davam aos mortos nomes de deuses subterrâneos.
O homem antigo passou a cultuar os mortos, os túmulos tornaram-se templos, onde oferendas eram levadas para que os ali enterrados não abandonassem sua pacífica morada e se tornassem errantes ou demônios.
Preces e pedidos também passaram a serem feitas às divindades