FICHAMENTO WOLF
A hipótese do agenda-setting (...) defende que “em consequência da ação dos jornais, da televisão e dos outros meios de informação, o público sabe ou ignora, presta atenção ou descura, realça ou negligencia elementos específicos. As pessoas têm tendências para incluir ou excluir dos seus próprios conhecimentos aqui que os mass media incluem ou excluem do seu próprio conteúdo. Além disso, o público tende a atribuir àquilo que esse conteúdo inclui uma importância que reflete de perto a ênfase atribuída pelos mass media aos acontecimentos, aos problemas, às pessoas” (Shaw, 1979, 96). (p. 143)
A hipótese do agenda-setting é (...) mais um núcleo de temas e de conhecimentos parciais, susceptível de ser, posteriormente, organizado e integrado numa teoria geral sobre a mediação simbólica e sobre os efeitos de realidade exercidos pelos mass media, do que um modelo de pesquisa definido e estável. (p. 144)
“Os mass media fornecem algo mais do que certo número de notícias. Fornecem igualmente as categorias em que os destinatários podem, sem dificuldade e de uma forma significativa, colocar essas notícias” (Shaw, 1979, 103) (p. 145)
A hipótese do agenda-setting toma como postulado um impactante direto – mesmo que não imediato – sobre os destinatários, que se configura segundo dois níveis:
a. a “ordem do dia” dos temas, assuntos e problemas presentes na agenda dos mass media;
b. a hierarquia de importância e de prioridade segundo a qual esses elementos estão dispostos na “ordem do dia”. (p. 145-146)
2.3 – Alguns dados sobre o efeito da agenda-setting
(...) pode adiantar-se que os dados, no sei conjunto, parecem testemunhar um certo nível de efeito de agenda, embora não de um modo tão rígido como a formulação inicial da hipótese deixava perceber.
A exposição está organizada segundo o tipo de problema que as Pesquisas citadas focam de uma forma particular. (p. 147)
2.3.1 – O diferente pode de agenda dos diversos meios de comunicação de