Fichamento- Variaçao Linguistica e Oralidade em sala de aula
Parte 1: A Variação linguística em sala de aula “A aquisição da língua-padrão por meio da exposição a modelos dessa variedade em sala de aula é um tema que ainda não recebeu suficiente atenção [...] Repetimos aqui a posição de alguns conhecidos sociolinguistas em relação a influencia da escola na aquisição de variantes linguísticas de prestigio [...] Para eles, a simples exposição a um outro dialeto no domínio da escola ou pela mídia não acarreta mudanças no repertorio básico de um falante.” (pág. 181) “Podemos afirmar que é na arena da linguagem monitorada que a ação das agencias de planejamento linguístico encontra êxito [...] Se considerarmos a ação pedagógica da escola como parte da política de planejamento linguístico, poderemos concluir que a influencia da escola na língua não deve ser procurada no dialeto vernáculo dos falantes, mas sim em estilos formais, monitorados [...] A pesquisa sociolinguística educacional precisa concentrar-se na linguagem usada em sala de aula [...] O nosso objetivo é explorar como a conversa, as praticas sociais de letramento e os processos intelectuais influenciam-se uns aos outros em sala de aula e quais as implicações dessa influencia para a educação [...] porque a posição que assumimos é a de que a língua-padrão e o dialeto rural são componentes funcionais no repertorio dos falantes [...] Propomos considerar o microcosmo da sala de aula também como um espaço sociolinguístico multidimensional, no qual professores, alunos e demais profissionais do ensino estão permanentemente submetidos a múltiplas influencias determinantes de um comportamento linguístico muito variado [...] Mesmo assim, a variação linguística que ocorre em sala de aula é muito ampla, cabe aos sociolinguistas identificar as motivações que lhe são subjacentes, bem como os padrões estruturais que ela assume” (pág. 182 - 183).
Parte 2: A pesquisa etnográfica