Fichamento - "tudo que é sólido desmancha no ar" marshall berman
Berman trabalha com a análise do conceito de modernidade, que, segundo ele, seria o conjunto de experiências compartilhadas por homens em mulheres nos dias de hoje. Modernização seria definida como os processos sociais ocorridos especialmente no século XX, tais quais descobertas cientificas, industrialização, explosão demográfica, etc... O autor divide a história da modernidade em três fases. Na primeira (sec. XVI – 1790) as pessoas estariam “apenas começando a experimentar a vida moderna” sem fazer ideia do que as atingia; na segunda fase (1790 – sec. XIX) as pessoas passariam a partilhar o sentimento de viver em uma época revolucionária, no entanto a lembrança de como é viver em um mundo que não é completamente moderno ainda está presente; na terceira fase (sec. XX) o processo de modernização atinge virtualmente o mundo todo ao mesmo tempo em que gradualmente “perde contato com as raízes de sua própria modernidade”. Berman cita Rosseau que em sua obra “A Nova Heloísa” teria sido um dos primeiros a perceber a modernidade como ela é compreendida hoje em dia. No século XIX a modernidade alcança uma nova paisagem, altamente desenvolvida e mais próxima da nossa realidade atual. Berman cita duas figuras que conseguiram relatar bem essa modernidade do século XIX: Nietzsche e Marx. Marx enxerga a vida moderna como contraditória em sua base. Ao mesmo tempo em que a humanidade alcançou uma incrível evolução técnico-cientifico-informacional, teve que enfrentar problemas gerados por essa evolução tão grandes quanto ela própria. A ambiguidade desenvolvimento x miséria marca a modernidade. Modernidade seria sinônimo de contradição. No entanto Marx acreditava que essas contradições seriam superadas no momento em que a sociedade fosse governada pelos operários, já que esses seriam homens de vanguarda legitimamente modernos, ou seja, homens gerados pela própria modernidade. Essa ascensão operária