Fichamento - Surpreendente! de Steven Johnson
O capítulo nos mostra que os videogames também são capazes de desenvolver habilidades cognitivas nas pessoas, tão importantes como as que a leitura desenvolve. O autor nos leva a inverter a realidade e pensar como seria se o videogame fosse inventado e popularizado antes dos livros, fazendo com que percebamos como os videogames são analisados, isolando certas propriedades e depois retirando o pior delas e que efeitos podem causar em seus usuários, não levando em conta seus benefícios. A leitura é apresentada -apesar de todo o seu estímulo para o nosso cérebro, onde temos que incitar nossa imaginação e criar mundos imaginários, além de ter de acompanhar um enredo- como uma narrativa definida, que não pode ser alterada. Ao contrário dos games, onde os jogadores têm de realizar certas ações, ir em busca de certos objetos para que a narrativa se desenrole, liberando novos lugares, novas armas, novas opções. O autor explica isso, com base na neurociência, mostrando como o nosso cérebro busca por recompensas, motivo pelo qual se explica o vício. A vida real está cheia de recompensas, mas o mundo dos jogos está muito mais. “Mais vidas, acesso a novos níveis, novos equipamentos, novos encantos”, tudo isso faz com que os jogadores queiram ir mais adiante, queiram ver a próxima coisa, queiram concluir a narrativa. Johnson exemplifica usando o caso de Troy Stolle, um trabalhador de obras, e sua trajetória em busca de uma nova casa, dentro do jogo Ultima Online. Troy de forjar espadas e armaduras para vender a clientes durante horas, realizando tarefas muito repetitivas e cansativas para poder conseguir o dinheiro para a compra. Segundo Stolle, “não é trabalho se você sente prazer.” E o autor pergunta, “Por que alguém teria prazer com isso?” Os