Fichamento sobre o texto: A expressividade motora da criança
O texto ressalta a importância do conhecimento sobre a expressividade motora, considerando que essa é uma ferramenta de trabalho de um psicomotricista que sempre terá como referência o desenvolvimento dessa expressividade.
A definição do que é a expressividade motora na prática, é vista “como uma maneira original e privilegiada de ser da criança no mundo... que atualiza uma vivência longínqua, cujo sentido podemos captar graças as mais diversas variações de sua relação tônico-emocional”.
Diante essa definição é bom acrescentar também que a expressividade motora envolve um caminho privilegiado de expressão dos conteúdos inconscientes que são os fantasmas da ação, logo, os que são responsáveis por guardar um sentido oculto do desejo de recriar objeto de amor originário e de agir sobre ele, sendo para amá-lo para se apropriar ou pra odiá-lo para destruí-lo.
Pensando como a motricidade vai ser expressa pela criança, é importante sabermos antes do estágio, que a expressividade motora vem para permitir que a criança faça aparecer o “objeto” através do conflito entre o desejo de amá-lo e de odiá-lo. E quando digo que a motricidade vem permitir, é pelo fato que devemos sempre considerar como a família da criança dará o espaço para que a mesma expresse o que ela realmente sente e pensa, porque pode acontecer da família não dar o espaço necessário a criança de dar continuidade do prazer dessa contradição inconsciente. Nesse sentido, o psicomotricista irá permitir e proporcionar a criança, que ela manifeste o prazer de ser ela mesma, de construir sua autonomia, de expressar o prazer de descobrir e de conhecer o mundo que acerca.
Diante a essas definições não podemos deixar de observar a criança em duas modalidades de expressão do prazer que podemos encontrar freqüentemente na prática: o prazer da repetição das ações nunca é o prazer do idêntico, mas sim, o da repetição de transformações internas e externas,