Fichamento sobre o positivismo
REALE, Geovane. História da Filosofia, V. III – São Paulo, Paulus, 1991.
Capítulo VIII: O Positivismo (p. 295 – 359)
Para Reale, o Positivismo – de 1840 até próximo a Primeira Guerra Mundial – além de representar amplo movimento de pensamento que influenciou substancialmente a cultura européia, principalmente em manifestações ligadas área da filosofia, políticas, pedagogia, história e literatura contribuiu, entres outros aspectos, para expansão colonial do continente.
O avanço da ciência e o emprego de suas descobertas aos meios de produção transformaram significativamente a vida social no continente europeu. Neste contexto, os efeitos do pensamento positivista, ocasionados pelas transformações sócio-econômicas da revolução industrial, fizeram da ciência a “mola mestre” do progresso em diversos campos do conhecimento.
Para o positivismo, o avanço no campo da ciência e da tecnologia, o processo de industrialização, aliados a estabilidade política, constituem as bases para o desenvolvimento sociocultural de uma sociedade. Para os defensores desta corrente de pensamento, os males do processo de industrialização diagnosticados pelo marxismo eram transitórios e seriam superados com o crescimento do nível educacional e o conseqüente aumento na riqueza da população.
O positivismo se desenvolveu em diversas regiões da Europa, principalmente na França, com Augusto Comte e na Inglaterra com Stuart Mill, em diferentes áreas do conhecimento e diversas tradições culturais. Mesmo com tanta diversidade cultural e de pensamento, esta corrente de pensamento apresenta traços comuns. A saber: 1) a ciência e o método científico como únicos meios para o conhecimento; 2) este método (conhecimento das leis causais e o domínio sobre os fatos) serviria tanto para o estudo da natureza como da sociedade; 3) a sociologia, como ciência que tem por objeto as relações humanas e sociais (fatos naturais), é produto da filosofia positivista; 4) os problemas humanos e