Fichamento sobre Psicologia Juridica
Apesar do que muitos supõem, a Psicologia Jurídica não é uma área assim tão recente para os psicólogos. Pelo contrário, foram justamente as articulações da Psicologia com o Direito que contribuíram para a criação dos primeiros laboratórios de Psicologia.
Segundo Brito, no final do século XIX, demandas advindas do Poder Judiciário como, por exemplo, solicitações para que se realizassem pesquisas que indicassem parâmetros para aferir a fidedignidade, ou não, dos testemunhos prestados na Justiça tiveram grande responsabilidade na criação de laboratórios experimentais onde passaram a ser realizados estudos sobre memória, sensação e percepção, dentre outros temas relacionados ao estudo do testemunho.
Sabemos que a Psicologia passou a ser vista como ciência em 1879, a partir da fundação do primeiro laboratório de Psicologia experimental, criado por Wundt, em Leipzig, na Alemanha, passando a ser usado como modelo para outros laboratórios em outros países.
Devido ao caráter positivista de ciência que estava em voga na época, os experimentos realizados e os métodos utilizados eram considerados semelhantes aos praticados pelas ciências da natureza.
Aqui no Brasil, a Psicologia como profissão foi regulamentada em 1962, adotando nas grades curriculares de seus cursos a mesma linha positivista, inclusive incluindo disciplinas relacionadas a matemática, como por exemplo, estatísticas. Neste mesmo sentido, definido como científico, seguia a Psicologia Jurídica.
De acordo com Brito, Myra y López, em sua obra denominada Manual de Psicologia Jurídica já advertia que a Psicologia é uma ciência que oferece as mesmas garantias de seriedade e eficiência que as outras disciplinas biológicas, por usar dados matematicamente comprováveis, aferidos por meio de testes e traduzidos em percentuais, acrescidos dos critérios de objetividade e de neutralidade científica que costumam nortear trabalhos e pesquisas.
Ainda segundo a autora, também não se pode desconsiderar o legado