Fichamento que é História - Carr
Carr começa seu livro citando dois autores e suas opiniões sobre história. Carr cita Acton que afirma que “Não podemos ter nesta geração a história definitiva, mas podemos dispor da história convencional e mostrar o ponto a que chegamos entre uma e outra”. (pág.43) e cita Sir George Clarck, que diz que a “história definitiva” poderá ser possível um dia.
Carr afirma que quando tentemos responder á pergunta “Que é história?”, nossa resposta reflete na nossa posição no tempo e faz uma pergunta da nossa resposta: “Que visão nós temos de nossa sociedade?”(pág.44).
O autor aponta para a visão do historiador no século XIII, que liderado por Ranke, em que tinha uma tese que dizia que o papel do historiador “apenas mostrar como realmente se passou” (pág.45). Esse papel recebeu grande apoio dos positivitas, que queriam ver a história como ciência, e da escola empírica, que enfatizava uma separação entre sujeito e objeto de estudo. Carr ratifica sua opinião sobre o historiador e como ele deve se portar. Carr diz que “A história consiste num corpo de fatos verificados. Os fatos estão disponíveis para os historiadores nos documentos, inscrições, e assim por diante, como os peixes na tábua de peixeiro. O historiador deve reuni-los, depois levá-los para casa, cozinhá-los, e então servi-los da maneira que o atrair mais”(pág.45).
Carr pergunta ao leitor o que separa os fatos do passado de fatos históricos. Ele ainda afirma que de acordo com o senso comum “há certos fatos básicos que são os mesmos para todos os historiadores e que formam, por assim dizer, a espinha dorsal da história”(pág.46). Porém ele diz que há duas maneiras de se observar essa afirmação: A primeira é que os fatos não interessam diretamente ao historiador e para confirmar isso, lembra uma observação feita por Housman que “exatidão é um dever, não uma virtude”. Ainda segundo Carr tal fato “trata-se de uma condição necessária do seu trabalho, mas não sua função