Fichamento: práticas discursivas: desafio no ensino de língua portuguesa
Em Pesquisa aplicada em linguagem: alguns desafios para o novo milênio, Faraco (2001) percorre com olhar crítico os caminhos trilhados pela linguística, ressaltando os estudos voltados para o aspecto formal da linguagem em contrate com aqueles, mais recentes, que põem em foco a interação subjetiva. (pg. 131)
É na contracorrente dessa perspectiva que Faraco se posta, indicando que precisamos pôr um novo quadro conceitual no horizonte de pesquisa, centrando nossa atenção nas práticas discursivas. (pg. 132)
Falar em práticas discursivas implica lidar com um objeto chamado discurso, mas seu conceito não é o meso em cada corpo teórico em que aparece. (pag. 132)
Neste capítulo, tenho como objetivo situar a análise do discurso de tradição francesa como um campo em que as práticas discursivas são objetos de interesse e fornecer alguns elementos para justificar o estudo e estabelecer s possibilidade pedagógicas desse conhecimento. (pg. 132)
Análise do discurso e práticas discursivas
As condições de produção determinam as relações discursivas materializadas nas várias práticas sociais. (pg. 133)
São as relações discursivas que estabelecem o modo como os fenômenos são olhados, interpretados e julgados, tendo como pano de fundo a memória discursiva – ou seja, todo o material discursivo que circulou ou circula o meio social. (pg. 133)
(...) as relações discursivas impõem certas formas de discurso, certos modos de organização, certos temas e certos estilos. (pg. 135)
Para Maingueneau, a análise do discurso PE uma disciplina específica, cujo objetivo se dá como “apreender o discurso como intricação de um texto e de um lugar social”. Isso significa que o objeto não é nem o texto em si (sua organização interna) nem a situação de interação, mas a relação específica que os articula. (pg. 138)
As manifestações discursivas têm sempre uma base linguística. (pg. 139)
Uma língua abre possibilidades de inovação, e por isso mesmo é possível