Fichamento: Professores surdos: identificação ou modelo?
Nesse texto a autora traz uma abordagem acerca da questão sobre identificação e modelo na relação professor e aluno surdos. Primeiramente ela faz uma diferenciação entre esses conceitos, pontuando que o modelo é o mesmo que copiar sem produzir, por outro lado a identificação acontece quando há uma produção de significado na relação com o outro.
No ensaio Reis discute a importância do processo identificatório na relação de ensino-aprendizagem entre o professor e alunos surdos. Nesse sentido ela ainda fala que a identificação entre esses sujeitos, ocorre em um espaço em que o professor consegue mostrar sua cultura, sua língua de sinais, sua alteridade, a partir disso o aluno começa a enxergar muito da sua formação na imagem do professor, no entanto ele preserva sua idiossincrasia,seus gostos, sua forma de se vestir, se comportar,etc. nesse momento o processo identificatório acontece, pode-se ressaltar aqui a grande diferença entre identificação e o modelo, uma vez que, no modelo o aluno copiaria o professor, incluindo a forma de se portar, vestir, entre outras coisas, não se diferenciando do docente. Flaviane Reis faz uma observação em ralação à concepção que o senso comum tem do professor surdo, enxergando a identidade surda como algo fixo, igual em todos os surdos, no entanto, é importante que essa ideia seja desconstruída, uma vez que, todos os sujeitos, surdos ou não, são formados de múltiplas identidades, cada um tem sua subjetividade, logo é impossível e impróprio restringi-los dessa maneira. A questão da identificação do professor e aluno surdos tem uma importância muito grande, inclusive no processo de ensino aprendizagem, pois como diz Reis (2007) “ela pode vir a modificar questões ligadas à cultura, identidade, diferença, língua de sinais, e sobre o professor surdo no momento em que se dão os