fichamento preto no branco
SKIDMORE, Thomas E. Preto no branco: Raça e nacionalidade no pensamento brasileiro (1870-1930) [Capítulo 2]. São Paulo: Cia das Letras, 2012.
Aluna: Líria Lourenço Nogueira
O autor do texto mostra o histórico de depreciação dos indivíduos não-brancos no Brasil. O autor começa explicando como se moldou a sociedade multirracial brasileira e depois explica com fatos históricos como se configura a questão racial no país nos dias de hoje e faz comparações com os Estados Unidos.
Antes mesmo da abolição, já havia no Brasil uma classe mestiça sólida. Porém, “Os limites da sua mobilidade social dependiam sem dúvida da aparência (...) e do grau de ‘brancura’ cultural (...) que [o indivíduo] era capaz de atingir(pg. 56). Mas, mesmo com uma população mestiça e negra sendo a maior parte da população, o país abraçou as teorias racistas da época.
Foi aceito com facilidade que o negro era inferior, pois ele já tinha o histórico de escravagismo no país. Porém a negação dos indivíduos não brancos ganhou força com esses argumentos científicos. E até mesmo a elite mestiça do país aceitou as teorias.
Isso fica claro quando o autor cita que um estudioso mulato da época, Nina Rodrigues, escreveu um ensaio intitulado: “Degenerescência física e mental do mestiço nas terras quentes”. Nina, mesmo sendo mulato, acreditava que a miscigenação intensa do país o impede de chegar ao nível de desenvolvimento dos Estados Unidos, que ao contrário do Brasil, tinha os brancos no poder. Estaríamos condenados ao insucesso, pois a raça branca não conseguiria se adaptar ao clima quente o suficiente para dominar no norte do Brasil. E os mestiços que são a maioria, mesmo sendo superiores aos negros jamais chegariam ao nível intelectual dos brancos.
Termos intelectuais mestiços já consagrados à época não era o suficiente para convencer nossas elites que os negros e mestiços tinham o mesmo nível intelectual dos brancos.
Nos anos 1890-1920 há uma forte onde de imigração europeia para o