Fichamento Polanyi 2015

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Fichamento - A Grande Transformação, de Karl Polanyi

O capítulo 4 do texto “A Grande Transformação”, de Karl Polanyi, explicita sua discordância com Adam Smith quanto a alegação de predileção do homem primitivo por ocupações lucrativas. Utilizando as afirmações de Max Weber e os trabalhos posteriores da antropologia social, Polanyi sustenta que e economia do homem primitivo é regida pelas relações sociais e regras de comportamento regidas pela lei, costumes, magia e religião, havendo, portanto, ausência de interesses individuais quanto ao trabalho remunerado, motivação por lucro ou posse de bens.
Paralelamente, Polanyi refuta a tese de que para o homem primitivo as relações sociais estão embutidas no sistema econômico. Tal inferência só é aceita como verdadeira com a evolução do padrão de mercado, a qual, acredita o autor, não surgiu espontaneamente, e sim como fruto de imposição.
Ao passo que o autor contesta a existência da barganha e da permuta nas civilizações primitivas, fica claro que a motivação do homem da época, segundo Polanyi, se dava pela conquista de reputação, esta incluída nos princípios da reciprocidade e da redistribuição. Tais princípios refletem uma organização econômica voltada para o bem estar social e comunitário. A reciprocidade, em sí, se caracteriza pela troca de ações sociais e econômicas. Elucidando: no caso de um homem que faz bem seu trabalho, no exemplo: uma colheita, o mesmo será recompensado com reputação social positiva.
Juntamente à reciprocidade, a redistribuição afasta o ser primitivo da motivação pelo lucro, vez que a produtividade obtida não é voltada para sí, e sim para a comunidade ou aldeia da qual o mesmo faz parte.

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Por outro lado, o autor propõe que a existência desta organização econômica voltada para a subsistência comunitária, não para ascenção pessoal, é possível, igualmente, em comunidade maiores, como se constitui no arquipélago que engloba as Ilhas
Trobriand, território extenso onde, supostamente, a