FICHAMENTO PATERNALISMO, POPULISMO E HISTÓRIA SOCIAL

Paternalismo, Populismo e História Social

NEGRO, Antonio Luigi

INTRODUÇÃO (pp.13-16)
“Ângela de Castro Gomes se referiu ao avançado estágio dos estudos em história social que, para resumir, descoisificaram o lugar dos negros e dos escravos na história do Brasil. Esses estudos mostraram que o paternalismo senhorial – no campo ou na cidade, no privado ou na esfera pública, na casa-grande ou na lavoura, no sobrado ou nas ruas – podia ser negociado e carcomido.” (pp.13-14)
“Se os escravos endiabravam a política de domínio senhorial, por que os trabalhadores não teriam feito o mesmo com a arquitetura da política trabalhista – e isso já nos anos 30 do século XX? Por quanto tempo, em segundo lugar, vamos nos haver com uma era populista – conduzida por um chefe maquiavélico –, durante a qual teria ocorrido o triunfo da manipulação (em que os trabalhadores tombam errantes, iludidos ou incapazes)?” (p.15)
“[...] a classe trabalhadora – sob o cativeiro ou em liberdade – estava presente ao seu próprio fazer-se, num processo ativo, que se deve tanto à ação humana como aos seus condicionamentos.” (p.15)

PATERNALISMO (pp.16-17)
“No capítulo Patrícios e plebeus, Thompson afunda e acode o conceito de paternalismo. Ele afirma que se trata de um conceito impreciso, que recai sobre fenômenos díspares, no tempo e no espaço. Imprestável para comparações, paralelos ou contrastes, apenas rotula. Seu uso, por causa disso, registra desastrada amplitude. Depois, sua própria perspectiva – estabelecida a partir de cima – não comporta uma relação, mas implica o oposto: uma via de mão única, sugerindo manipulação. A história é decidida no nível superior, aonde moram a clarividência, a habilidade, o plano e a iniciativa, mal importando o que vem debaixo – se é que debaixo vem alguma coisa.” (p.16)
“[...] o pai tem consciência dos deveres e responsabilidades para com o filho, o filho é submisso ou complacente na sua posição filial.” (p.16)

“O conceito populismo tem sofrido várias