FICHAMENTO PARA O TCC

SCHMIDT, C. & BOSA, C. “A investigação do impacto do autismo na família: Revisão crítica da literatura e proposta de um novo modelo” in: Interação em psicologia, 2003, 7(2), p. 111-120

A síndrome Autista, que faz parte dos Transtornos Globais do Desenvolvimento, compromete com severidade três áreas do desenvolvimento: habilidades de comunicação e presenças de comportamentos, interesses e atividades estereotipadas (DSM-IV-TR, 2002). A severidade do transtorno crônico somada às características próprias do comportamento podem representar estressores em potencial para familiares ou cuidadores. É importante ter uma noção deste fenômeno, onde envolve uma série de fatores interatuantes, intra e extrafamiliares os quais afetam a dinâmica familiar ao longo de seu ciclo vital. Não se pode ter uma visão simplista e reducionista do transtorno com bases em relações lineares entre possíveis causas e efeitos (SCHMIDT & BOSA, 2003, p. 1).
O modelo explicativo de Bradford que contempla as diversas variáveis envolvidas no processo principalmente no que se refere ao nível de adaptabilidade da família frente a uma condição crônica será utilizado neste estudo. Este modelo propõe uma abordagem psicossocial integrando concepções cognitivas e sistêmicas inseridas em um metamodelo desenvolvido especificamente para o estudo do impacto da doença crônica na família (SCHMIDT & BOSA, 2003, p.1).
Partindo da revisão de literatura, observa-se que estudos internacionais, que abordam o impacto dos Transtornos Globais do Desenvolvimento sobre os pais, têm lançado mão de escalas estritamente fechadas como instrumento de medida (Ex.: estresse parental), obtendo dados relevantes, porém limitados, por outro lado, estudos brasileiros nessa área têm sido raros e fundamentados em um “modelo de déficit” contrastando ao de “recursos”. É importante explicar que em um modelo de déficit é destacada a questão da psicopatologia familiar, enquanto a de recursos, se destacam além da identificação de