Fichamento Nina Rodrigues
Apressem-se os especialistas, visto que os pobres moçambiques, benguelas, monjolos, congos, cabindas, caçangas... vão morrendo. 07
A Preferência à depreciação dos estudos sobre o negro ou a imitação dos paradigmas externos, como os dos EUA.
Depreciação dos elementos formadores de nossa linhagem: ele fala dos portugueses.
Há flagrante injustiça no zelo de que pomos em defender os foros da nossa linhagem. Desabrida a intolerância para com os portugueses 09
Quanto aos negros, devido as suscetibilidades, se põe uma mordaça à boca e se criam elogios sobre características medíocres (10)
A antipatia contra o português foi fruto de uma elaboração efetuada no movimento de independência, com vistas a criar o antagonismo necessário para a criação de uma necessidade de independência, de um espírito autônomo.
Daí a animosidade, a depreciação do Português; a simpatia e a exaltação do Índio considerado o elemento nacional por excelência. Para a luta da independência, mestiços e brancos se mascaravam mesmo de índios, tomando ao tupi-guarani os seus cognomes e apelidos de família. 10
Depois tocou a vez ao Negro. A extinção da escravidão no Brasil não foi a solução, pacífica ou violenta, de um simples problema econômico. Como a extinção do tráfico, a da escravidão precisou revestir a forma toda sentimental de uma questão de honra e pundonor nacionais, afinada aos reclamos dos mais nobres sentimentos humanitários. 10
Para dar-lhe esta feição impressionante foi necessário ou conveniente emprestar ao Negro a organização psíquica dos povos brancos mais cultos. 11
As contradições no tocante à extinção da escravidão de um século ao outro (XVIII a XIX)
A nação que, no século XVI, conferia o baronnet a John Hawkins pelo impulso que deu ao comércio de escravos; que, em 1743, esteve a