Fichamento - nambiquara - lévi-strauss

Fichamento: “Sétima parte – Nambiquara”, de Tristes Trópicos (C. Lévi-Strauss) Novo Mundo, um mundo perdido Claude Lévi-Strauss se dedica, na sétima parte de Tristes Trópicos, a fazer o relato da viagem e do encontro com bandos Nambiquara, no Centro-Oeste do Brasil. Munido de poucas informações sobre a etnia, o antropólogo procura mercadorias que julga serem atraentes aos índios antes de partir para a sua expedição. O que se conhecia sobre os Nambiquara, até então, vinha da expedição da Comissão do então coronel Rondon, que havia penetrado a região para instalação de uma linha telegráfica. Lévi-Strauss indica que as pesquisas estavam, até pouco tempo, restritas a tribos de regiões litorâneas e das proximidades de grandes cidades fluviais. Passavam, a partir dali, a estudar tribos do cerrado central. O antropólogo coloca, inclusive, a hipótese de se considerar as etnias dessas regiões profundas como os primeiros habitantes do Brasil. Lévi-Strauss comenta as antigas perspectivas do aparecimento do homem nas Américas, e lamenta-se frente ao que considera uma falta de profundidade quanto à história do Novo Mundo. Ele aponta pesquisas que mostram indícios de ocupação humana há mais de 20 mil anos – período muito maior do que se cogitava anteriormente. A partir daí, o antropólogo levanta a questão de como preencher e compreender esse imenso período descoberto. A formação da América pré-colombiana teria sido feita, então, não de forma isolada durante todo esse longo período de desenvolvimento recém-admitido. Lévi-Strauss sugere que, apesar de nenhuma conexão via Atlântico, havia uma atividade intensa na costa do Pacífico quanto às origens das civilizações americanas. Essas origens pertencem ao “mundo perdido” indicado no título do capítulo 24, uma origem em grande parte desconhecida sobre a formação e desenvolvimento da América pré-colombiana. Caminho até os Nambiquara A expedição até o encontro dos Nambiquara parte de Cuiabá, capital do Mato Grosso. Lá, LéviStrauss